O avesso das ragas
E então quero falar do corpo sutil dos escritos,
de luzes rosadas que o crepúsculo reflete nos arrecifes
e na superfície do lago calmo do mar junto a mim,
melodia conjunta trilhando todas as estradas até aqui,
pontos de fuga que continuam estabelecendo o infinito
até a palma da minha mão que perdeu todas as linhas
procurando um amor que amanhecesse essa baía distante
e respondesse ao meu lado os lençóis ainda úmidos de amor.
Então eu quero cantar ragas que ouço
por verdade e ousadia de cometer mais um pecado
sob o sorriso cúmplice de Deus que me acende por dentro
nesse instrumento que toca meus dias e onde estou agora,
dançando estrelas que já se apagaram e permanecem no meu céu,
límpidas como o universo que vejo em milímetros
e que afirma tudo ao redor,
faísca que engoliu sua própria luz!
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