Aeon
a MLML
Fé
na estrada que ruge de vez suas arestas
apontando
torta um destino aos escalenos
e
reduzindo toda meta e compasso
ao
limite de um beco mordaz e sem saída!
Não.
Traçarei novamente meu antídoto
e
farei dele uma esquina para todos os mundos
armando
o coração como um sabre de beduíno
para
afagar as lâminas que abrirão caminho
pelo
Mar Vermelho.
Meu
sangue é meu preço
perante
a chama do dragão impune que o tempo esconde
em
relógios galvanizados por ímpeto de fogo tenaz
enquanto retinas persistem
num grito por Vulcano.
Que
deus regurgitado rasparia esse cadinho?
Reinventar um mito que refaça a vida
do
fundo do tacho de nossas esperanças!
Que
resgate do mosto
a louca embriaguez perdida
a louca embriaguez perdida
na
miragem daquilo que um dia
ousaram chamar razão.
ousaram chamar razão.
Fênix de rastros que conhece de perto
a
dança vibratória das najas fulminantes!
Restam dois enigmas para a esfinge:
- Este laboratório às escuras
- Este laboratório às escuras
não
adivinha os efeitos da vida ao ar livre.
- Martelos,
definitivamente,
não
abrirão picada mato adentro.
Tudo
é um fio colorido no espaço pela ilusão do tempo.
Resta-nos
a obrigação de sermos grandes
apesar
do limite de carne e sangue.
Ergue-nos
a precisão de mais um sorriso a estender
nossa
capacidade elástica além das medidas:
rugas
e intempéries no rosto
calmamente resignado
calmamente resignado
à impiedade dos calendários.
Ressuscita-nos
a febre da redenção conjunta
de
todos os que assinaram nosso livro a ferro e fogo:
tatuagem
imposta pelo dever de refletirmos estrelas unânimes
com
a mesma clareza e dor
de
todos os amanheceres ainda por vir.
É
usar nova pintura de guerra e partir urgentemente!
A
única certeza é que todo sol dói seus brilhos.
Apenas
para adoçar essa comitiva de palavras
que
me ensinaram a placidez das esfinges
e
a abrangência silenciosa das pirâmides?
Não.
Nenhum enigma é gratuito.
Tanto
Jacó quando Hefesto pagaram seu fado telúrico:
um,
pela bênção do Anjo
o
outro, pela queda do Céu.
Ainda
que em cânones diferentes
ambos
mancaram sua vez.
Persisto.
Antes
claudicar sob o céu de Tétis
a
apostar cegamente em asas de cera.
Elas
não forjam nenhum Olimpo
nem
realçam o mármore lapidado de qualquer friso.
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