O
céu que nos protege
Quem
me ensinou a placidez das esfinges
e
a abrangência silenciosa das pirâmides
criou
a chave-mestra para todas as portas
permanecendo
tão inefável
quanto
o calor da paisagem num dia de março.
Os
muezins cantam as horas e a ordem
enquanto
os radares ardem em revista seus temas de medo.
Quem
serão os demiurgos na matrix?
Tudo
prossegue impiedosamente
enquanto
persigo obeliscos...
A
luz que em mim seu céu aponta
em
janelas que revelam todos os mistérios
o
amanhecer em brasas de seu sol me deu:
mapas
panorâmicos em gotas de luz
que
prescindem de downloads
ou
itinerários.
Rosa
dos ventos que brisas não permitiram
por
magia demais no corpo dos cataventos,
doces
perfumes perseguindo eternidade
para
provar que o limite
é
o gosto transubstancial
do
infinito numa dimensão qualquer,
rio em
filigranas que cumpre seu percurso
até um mar que
beba seu destino
na conquista
potável e nua em sede de dunas,
parte de um grande oceano que a tudo permeia.
A
rede de Indra é somente
o
sopro transversal de um beijo
no
hálito morno aquecendo pedras no deserto,
travessia
que perpassa um gosto de degredo
enquanto
abraça o exílio do que perto está.
E
a distância, apenas referência que aproxima,
mecânica
celeste que não conhece
mar, chão ou estrelas:
puro
espaço do qual somos talhados
sem
forma, traço ou lugar.
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