Lavra
Olhar
o véu das flores de mostarda nas colinas
já
é uma pintura a se viver todos os dias.
Sem
tempo para poesia
é
preciso rimar o verso cotidiano
caminhando
através do amarelo da paisagem
sem
escorregar nas entrelinhas.
Cada
flor que passa é uma vertigem,
vasto
precipício de sentidos
que
precisa ser decifrado de forma sorridente
sem
fórmulas certas para esquecer o medo.
Todo
amanhecer é uma surpresa nunca vista,
experiência
que jamais se repete.
Sua
recorrência é apenas mais uma miragem
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